quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O seu sorriso

O seu sorriso desmonta a minha tristeza,
enche de luz as minhas noites inteiras...
Transforma tudo em dias,
em que a noite pereceu!

O seu sorriso, aberto em sua face,
mostra-me com espanto, a sua alma...

E preenche o meu ser com nova vida...


A felicidade!
A alegria!

Até não existe mais sal em minhas lágrimas.
Você, chegou como não quis nada,
Estás trazendo mais cor para meus dias,
e sem saber com tanto encanto
no sorriso seu!


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

De todo o silêncio


De todo o silêncio
ouço só o esplêndido
silêncio das árvores.
Pois o silêncio de quem fala e cala
é incompleto.
Por isso, ouço o silêncio distante
das árvores que nunca vi.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tela em branco

Uma noite plausível, cheia de acontecimentos. Fim, inicio. O que dizer? Sinceramente não sei, não quero. Surpresas? Sim. Vamos por parte, é se encerrando que há um novo inicio, pois bem encerro as 22h00 antes do sino da cinderela bater para que a carroça com seus dois cavalos brancos não se transformem em uma abobora. Conversas fúteis não me prendam mais, alias nunca me satisfez. Despertas-te meu lado singelo, meigo, desfazendo meus jogos, mas se sentindo afrontado com minhas palavras achando que escreveria pouca coisa. Tudo começou com sua observação dizendo: - adorável sinismo, ou até mesmo “sensações”, pois bem não sigo uma regra, gosto de fazer regras neste pequeno espaço tenho o domínio, já que sou sistemática e vivo com as cigarras. E você que hoje és um apenas artista que muitos admiram, ou por sua vez não tem palavra para afrontá-lo você me afronta dizendo “ porque se justifica comigo, um mero contato virtual?! Alguém que talvez você nunca venha a conhecer?!” Lhe respondo: “ Não sei, não faço a intima, mas gosto de trocar idéias com um mero contato virtual mesmo que não possa conhecer-te!” você com todo seu lado intelectual, tentando me prender em tanto a escrever mas mandando tão pouca coisa, bela tática conseguiste minha mera atenção virtual, com seu papo sublime cheio de provocações contemporâneas mas como disseste para mim em tão pouco tempo de um mero contato virtual, “gostaria de tê-la conhecido mas, houve um desencontro na vida mesmo e não nesta viagem!” muito conveniente da sua parte, mas ao mesmo muito audacioso mero contato virtual. Para um artista que tem um boa jornada, és um curioso, um menino travesso. Identifica-se toda essa gíria que uso em meus textos já que é um comportamento de idade, hormônios a flor da pele, mas deixo claro não são apenas hormônios, mas também imaginação, sensações. Tenho sede pela vida, pelo que é proibido a mim, mas sei ate aonde posso ir.
Me perguntaste porque converso contigo, não soube lhe responder mas sai pela tangente quando lhe disse “ amo a arte”, logo em seguida, me pediste para citar três artistas contemporâneos que tenho como referencia....
Lhe fizeram uma pergunta enquanto estava sendo entrevistado, deixou na minha mente gravado aquilo que respondeu: “ Para mim parece arte de adornar castelos medievais”.
Te coloco numa galeria e você diz: “ tudo repetitivo, de mal gosto!”. Penso, mais que sabichão. Salvei minhas mensagens falando contigo, conversa intrigante, muita audácia sua prender minha atenção. Voltou aquela pergunta dos artistas que tenho como referencia, lhe lanço um link e com apenas um clic você se depara com Kurt Schwitters e o Ctrl+C Ctrl+V, com suas provocações ele é considerado o doidão.
Vira pra mim e diz “ tiro é onda, com sua audácia impetulante entendo é coisa da idade que acende essa luz, esse brilho que você tem!”

Gosto muito da forma que escreve tem horas, me mantenho em silencio por uns instantes e já esta a minha procura, acho que prendi sua atenção é meu caro. Por um momento, a conversa se perdeu e queria desligar para um mero contato virtual porque a tamanha preocupação se ficaria brava, como posso ficar brava com um mero contato virtual? Obviamente que não posso, no momento sei que não ficaria. Como conseguimos desviar de um assunto e voltar ao posterior de uma forma tão natural? Bem intrigante! Afinal, sou um mero plebeu aqui e você um artista conhecido pelo País.

Uau! Você é um sabichão! Sabemos já disso. Quantas perguntas, será que vais fazer! És espontâneo ou “baralho marcado”? Veremos ao decorrer dessa conversa, que continua a me atrair bastante, já são altas horas da madrugada e eu aqui olhando para uma tela esperando algum movimento seu. Pare! De falar dos seus trabalhos, não cite nome de ninguém, quero somente sentir a sua inteligência e seu papo que me deixa nostálgica! Tentam tirar minha atenção mas não conseguem, você me paralisou por algumas horas de qualquer forma não quero voltar com meus movimentos. Prossiga meu caro! Prossiga.
Estou a falar contigo, porque chama a minha atenção? Já tens toda ela.

Sabichão! Quanta audácia em dizer que fácil é me atrair, sem sono? Para esta pergunta lhe devolvo: “atrapalho?”

Sabichão! Diz que sou conveniente... mas que lhe agrada bastante também.

Momento de formalidade! Mais desconhecidos que somos. Você vira sussurra e diz: “dentro em breve minha cara... dentro em breve...!” Não sinta tantas coisas, nesse furacão. Você sabe a diferença entre homens e meninos? Seus brinquedos, by Johnnie Walker.” Volto a me expressar “quanta audácia dizer isso pra mim, e citar a frase para uma apreciadora de Johnnie Walker quem pensa que é? Pode ser um artista mais conhecido, mas para mim não passa de um artista que tenho um mero contato virtual. Lhe mando a seguinte “ Uma garota sábia beija mas não ama, escuta mas não acredita e parte antes de ser abandonada.” By, Marylin Monroe minha diva! Belas palavras!

Acha que é tática? Tática Infalível! Acha que não passa de pretexto para tomar minha atenção, para um artista virou um plebeu. Xoxo! És comprometido, pergunta-me se quero destruir seu namoro que esta tão legal? Jamais! Se esta tão legal porque queres tanta minha atenção? Ficou sem palavras, a única coisa que soube dizer que “ encho teu saco! Liga não!” , xoxo novamente meu caro. Gosto de quem prende minha atenção, não venha mais com falas plebéias. Acredita mesmo que me desafia tempo todo? Como assim talvez seja isso? Não tem certeza? Do que esta falando? Se perdeu! Pois bem amo desafio, adoro ser desafiada. Não fique com raiva. Adoro cometer pecados! Afirma que sabe o que eu não quero, falta agora sabermos o que desejo realmente? – Hum! – momento vago.


Virou o jogo me sinto a artista conhecida e agora você é um plebeu, se sente nostálgico conversando comigo? Acredito que seja tática, tática é tática como acabou de confessar. Isso aqui é tudo um jogo de sedução! Nostalgia é excitante, tática é intrigante junta os dois da uma ótima dupla. Diz “jogo de sedução, tudo pretexto balela para despertar boi morto, a real mesmo... não se diz com palavras, certo?” Respondo com meu silencio.
Acendo um cigarro pego a minha dose que acabei de preparar, para apreciar sem pressa essa tática. Ah! Não mude de assunto continue... Passa alguns instante e percebe que estou apreciando uma dose, é whisky meu caro apreciando o Johnnie Walker Black Label, um das minhas preferências, não bebe na sua casa? Também não bebo, apenas aprecio. Se eu fumo? – Sim, é o que mais me acompanha.

Sedução!
Sentada, com meu whisky, meu cigarro! Como se atreve a perguntar se quero que visualize isso? É óbvio, mero plebeu.
Você me diz: “Vejo uma sala vazia, uma mulher sentada no canto com seu laptop, nada de tão relevante me chama atenção que não sua presença ao canto... pouca luz. Cãozinho de apartamento rodando, devagar. Cigarro queimando, a parte do cão esta certo? – continue a visualizar, respondo.
Cãozinho intrépido e levado esse camuflado no ambiente.
Lhe mando uma imagem.




Você vira e diz: “Nelson Rodrigues você.”
Vai uma dose? - Não bebo em casa, mas aceito um trago.
Lhe cedo um trago enquanto tomo um gole da dose que acabei de preparar.

Você volta a visualizar e diz: “dessa relevante situação antes que você se apresse separo alguns... fios de loucura sobre a mesa.” Entro em cena e devagar juntos os fios,saio de cena. Você chama minha atenção! Dessa relevante situação, quantas palavras enigmáticas. “Olhares paralisados!” – lhe respondo. Então me perguntas: “isso é uma conversa ou uma tela em branco?” Lhe respondo: Uma tela em branco.
Você aceita a tela, tudo risca tapa tinta.
Molde a tela afinal, agora és o artista.
Você me acha falastrona, é o que mais fala na tela.
Esta em duvida que cor vai na tela? Você diz “sabidinha e audaciosa, mas... me espanta ou bota branca. Mas me afronta logo eu general da minha tropa de soldadinhos de chumbo e da minha esquadra de barcos de papel!” Pode pegar um cigarro.
Logo você sentado afrontado por uma noviça rebelde, uma falastrona deixando intrigado com minhas palavras e facilidade de expressar algo provocante sedutor, mas mantendo certa postura intelectual, enquanto pega seu cigarro preparo mais uma dose.
Volta com seu cigarro e sua audácia, sabichão! Como és atrevido, em me dizer que “fala demais, faz de menos”, que escrevo docemente escondendo intenções meticulosamente tramadas. Tática meu caro tática.

Por um momento a luz apagou.
Ops! Ela voltou, meia luz., tudo esta de volta.
Docemente? Porque não provas? “não há meios, para tal desafio.” – o artista responde.
Meio quem os faz somos nós.
“Não, situações, lugares, distancias.”
Situações? Lhe dou três
Lugares? Vários
Distancia? Não há para pecados

“Lembras que tenho namorada” – artista cautelosamente diz.
“Sim claro que tem, sempre soube afinal isso é apenas uma tela em branco, não é mesmo?” – respondo com deboche.
“Falastrona como sempre, ta na área certa direito!”
(solto risos irônicos, baixos porem irônicos!)
“ E pior... corre da radia com papo de tela!!” – o artista provocando.
Não meu caro não corro, afinal você tem uma namorada.
“Meu cigarro acabou!” – indignado diz.
Quer um dos meus? – ofereço ao artista.
Você agradece e pega um dos seus.
O que quer de mim artista mero contato virtual?
“Quero de você outra coisa, um pequeno sentimento quem sabe de carinho, não com minha arte... comigo em si que tal?!” Logo em seguida lhe respondo: “Quem sabe arte é puro sentimento afinal, ao fazer ARTE o artista não pensa, o artista sente.”
“Para de jogos comigo!” – sua voz pede, você clama novamente.
“Quer o que pintar um quadro de quatro mãos?” lhe respondo logo em seguida “adoraria!”
Logo se afasta e vai pegar outro maldito cigarro, na volta para fuma outro na seqüência.
Por um instante, meu mundo para e vivo somente isto. Me prendas! Nessa tela em branco a qual estou em nostalgia admirando sensações. Na sua volta lhe pergunto novamente “ não quer mais jogos?”, respondendo me diz “com você? Quero!”

Dando continuidade segundo ato.
Porque queres saber do meu particular isso aqui é um jogo numa tela em branco, apenas não vamos confundir. Provocante você, com suas perguntas audaciosas.

Chama-me para encerrarmos a tela em branco com palavras plebéias, mas afinal já está tarde temos que acordar cedo, a cidade lá fora esta toda iluminada e o dia amanhecera logo, logo.

O artista diz: “Corujona a tendência é essa hoje em dia, ficar a noite calma, silencio gostoso.” Concluo noites calmas, dias agitados! Ainda mais nós que não somos escravos do sistema capitalista regente no País. Podemos desenvolver nossos verdadeiros desejos, concretizar e realizá-los.

“E ai vamos ficar nisso mesmo?” – sua indignação me deixa com um sorriso levemente no canto da boca.
Quer ir mais a fundo?
“preciso de mais pretextos pra te mandar um beijo?”
Não, precisa de pretexto.
“Uma pena ele não ele não chegar ai, você chama todo mundo de gato?”
Não.
O artista audaciosamente antes de sair deixa a tela em branco e diz: “ és beijoqueira, me largaria facilmente em qualquer esquina por uma dose!”
Artista audacioso, lhe respondo com tamanha indignação “beijoqueira, nem me conhece como pode dizer isso!”
Quero sair da tela em branco deixar ela com cores, já que tive uma noite plausível.
O artista ironicamente me diz: “Ih, virou madame lulu com a bola de cristal. Não! Não! Sou indeciso, você me confunde!”
Não gosto que me entendam a primeiro momento.
“Queria te conhecer antes, viu como não é possível ter tudo?, nossa falastrona como essa camisola é bonita. Você é bonita, se esconde nas fotos, mas é bonita... usa burca virtual?”


Sim uso, gosto do mistério e ao mesmo tempo do exibicionismo mas para você ficarei no mistério.
Seu pijama és bonito – afirmo com um sorriso.
“Sujo de tinta assim?” – surpreso pergunta.
Sim mostra sua personalidade forte, autentica, audaciosa.

Então o artista se coloca a falar: “ a cidade ta ali todinha acesa... cheia de oportunidades, amores, voce ta ai no carandá bosque com as cigarras.”
Seja bem vindo a minha terra, ao Mato Grosso do Sul!
“Cheiroso e calmo”
Concluo, mas ao mesmo tempo turbulento as pessoas se importam apenas com seu vestimento e não com seus sentimentos. Manipulação e não sedução. Manipulação de interesses em vez de sedução de prazeres simples, intensos.

O artista admirado fica com minha breve observação e diz “tarada!”.

Artista sabichão! Por isso vivo com as cigarras quem sabe um dia alguém perceba e me estenda a mão.

Escuto de leve a risada do artista, dizendo “Janis Joplin do MS, pansexual isso que você é!”
Somos um workaholic e uma pansexual em colapso, colisão.

O artista mostra nostálgico me pergunta “ o que quer de mim?” já que sabe que vetei a sua amizade.
- hacker! Respondo dando gargalhadas irônicas.
“ tarada de uma figa, me paga!” – o artista com sua audácia afirma em voz alta.
“ pago nada já que não nos conheceremos não é mesmo? Como não queres conhecer uma pessoa que prenda sua atenção?” – respondo e pergunto com meu pose atrevida.
“ você bebeu ta vulnerável, seria fácil te arrancar uns amaços numa noite nostálgica como essa, seria um aproveitador oportunista ou um esperto jogador?”
Me coloco a pensar e começo a querer falar.
O artista se precipita e diz “ tanto pensa pra dizer tão poça coisa!”
“ três doses não me deixa vulnerável, se estarei fácil para uns amaços é pelo seguinte fato de querer! Mas com certeza a noite nostálgica esta garantida!” – respondo calmamente, mostrando segurança no tom da minha voz.
“ sacana, piraputanga!” – indiginado e surpreso o artista diz.
“que não se pesa piraputanguinha de bunito só se olha” – continua a dizer com certo deboche.
Tanto pensa pra dizer pouca coisa, palavras insignificantes artista.
“é que você é falastrona já sabemos disso” – diz com seu deboche.
“só se olha! Mais um olhar é bem mais penetrante do que lábios se movendo!” – respondo com ar de desprezo.

O dia amanheceu e temos que ir embora.

“Vou deixa-la ir e ficarei por aqui, ou senão te desgustaria toda.” – o artista se joga pra cima da falastrona.
“Irei, você fica é o certo a se fazer. Mas sobre a desgustação? Deixe para outro momento!”

O artista diz: “ sua cama de cetim lhe aguarda, me roubou muito atenção por hoje já! Sacana você”
Antes de sair disse ao artista “ não se fode por minha causa, vá cumpra seus afazeres irei, sinto que devo escrever já que tive uma noite plausível, obrigada. Ah! A tela em branco, se podes ver não está mais em branco, cheia de cores, expressões, sedução pura no ar, o cheiro está horrível fumamos muito nesta noite, precisa de um bom ar! Deixo minhas expressões a meia luz fica contigo o meu ultimo cigarro que está queimando.”

“ Pintou o 7 sobriamente! Falastrona” – despedindo de sua compania durante aquela noite nostálgica

“Sim artista, até em breve sabichão!”

O dia amanheceu preciso ir.