quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ter ou não ter namorado


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

Rabiscando Verso!





Nasci bem, menina eu fui, como tantos também feliz, a menina cresceu hoje das asas a imaginação, e num ilimitado silencio um emaranhado de incógnitas onde amarro meus sonhos vagueio num confuso destino estranho ao meu saber, emudecida abuso a razão com olhar disperso.

Rabiscando meus versos vou compondo seguindo a passagem da vida ao relento da madrugada, esquadrinhando atalhos feito sombras. Em versos transponho epigrafe definida seguindo aos trilhos da estrada.

Nas infindáveis horas embora meu pensar floreia.
Vejo a luz que invade as frestas em densa bruma.
Imagens distorcidas passam pela minha memória.
Refletindo meu céu anil preenchendo minha lacuna.

Vou escrevendo de tudo um pouco, porém meu forte o amor o sensual, nada vulgar tudo com muito primor. O que para poucos é clichê para mim a coragem de poder narrar esse sentimento lindo, e no traçado da memória lavro palavras disponíveis.

Se por trás de toda folha há uma gota, se em cada flor pousa uma borboleta, se em todo campo há um singelo beija-flor por trás da minha inspiração o arco-celeste do amor.

Noite em claro.





Ultimamente é o que tem sido, pensamentos a mil.
O que esta acontecendo? Não sei.
Mas não vim para falar sobre isso.

O dia amanhecera La fora, eu tenho que me deitar, mas logo não poderei sem escrever.
As palavras fluem em meu coração
Minha mente domina.
Minha escrita para! Analisa!
Mais não deixa de transparecer o que é pra ser dito.

Que tola não! Aqui escrevendo com medo de dizer.
Medo de dizer?
Ora! Este espaço me pertence, é o meu mundo.

Os pássaros cantam, o sol esta nascendo lentamente.
Sua companhia tem sido Inevitável!
Será que é um sinal?
Só o tempo dirá.

E posso ser sincera?
Não tenho pressa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vem cá...

Vem cá!
Eu vou invadir
a tua janela
vou fazer serenata
até pra lá do mundo...

Vem cá!
Traze-me ardor
dentro do amor
que eu quero tanto
naquele lugar...

Vem cá!
Canta-me uma canção
para que eu durma
cansada de
tanto te ouvir...

Vem cá!
não esquece os lençóis brancos
que eu amo com paixão
e toalhas bordadas
com o meu nome...

Vem cá!
dorme comigo
que logo eu aprendo
como é amar...de novo

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desabafo de uma bailarina


De bailarina? Não era pra ser profeta da dança?

Fato que incomoda. Por que o anseio de estar mais numa sala de dança sozinha do que num altar? Por que querer se expressar como nunca antes?

A minha dança fala mais pelo coração do que as minhas palavras. Sem discriminação de movimentos e intenções. Sem medo de me mostrar como sofredora, quando estou no lugar certo.

Mas então por que eu tenho medo de me expressar no Altar de Alegria? Talvez seja por isso... o altar é de alegria... e nem sempre eu me sinto assim. Nem sempre eu quero mostrar o mundo bonitinho com a minha dança.

Quase uma falsidade. As pessoas começam a olhar e a criticar de maneira estupida os movimentos que meu corpo exibe. E talvez seja esse o motivo de eu sair abalada lá de cima. Não por que fiz algo errado, mas por que aquilo que eu deveria ter posto diante do Pai, que seria eu mesma, não foi posto... simplismente por que eu passo a me limitar.

Limitar os passos, somente para os que agradam a todos.

Mas nem sempre agradam a mim.

Por que chega um dia em que se cansa de sempre fazer as mesmas coisas. E um dia se cansa de levantar novas idéias e ser ridicularizada.

Como se eu soubesse menos sobre o meus próprios movimentos do que o resto do mundo...

E, se eu tiver a oportunidade de expressar o que sinto de verdade? E se ouver a MELHOR oportunidade? E se essa chance não for no centro de um altar?
Mas quem sabe possa ainda ser no centro de um Amor...

Só espero não estar errada. Só espero que não seja em vão.

Por que o Pai me daria uma chance assim então se relativamente eu não deveria dançar em algum lugar que não fosse no que chamariam de "certo" representando a expressão de "alegria e salvação" que seria a certa?

Sou louca sim





A chuva cai
Silenciosa
E se mistura
Com as lágrimas
Que dos meus olhos
Caiem através da janela
Choro de felicidade
Por saber
Que não me esqueceu
E nesta alegria
Saio a rua
Para sentir
O doce prazer
Das carícias na pele
Como se fosses tu
A moldar-me a pele
Alguém passa
E diz:
Louca!
Sorrio
Pois sou louca sim
Louca de felicidade
Por saber-te tão meu
Por saber que vive
A querer-me
Até em teus sonhares
Já que tu
Vives nos meus!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quero... somente o próprio "querer"






Para tudo.
O que esta acontecendo?
O que esta havendo?
És uma pegadinha?
És um desafio?

Não sei.
Não quero saber.

O que acontece?
Como faz?

Não sei se quero.
Não sei se devo.

Sei que haverá questionamentos sobre o que irei escrever, mais não quero perguntas, não quero me explicar. Quero tentar expor o que estou sentindo, sem “porquês!”
Venho com audácia, ponho a escrever.

Não sei o que quero, não sei se quero.
Não sei se devo, não sei se deveria.

Mas, quero me expor de forma rude e talvez vulgar.

Me quer? Me conquiste.
Esta com saudade? Me faça sentir.

Não quero palavras.
Não quero textos.
Não quero declarações.
Não quero cobranças.
Não quero poemas.

Quero somente atitude audaciosa, cheia de formas sedutoras para me prender.

É isso que quero: “ME PRENDER!”

Me envolver de uma tal maneira, que seja inexplicável.

Não quero somente AMOR
Quero uma PAIXAO ardente.

Quero algo que não tenho desde muito tempo, desde a minha existência.

Quero somente isso, poder querer e finalmente ter.

Momentos bons, rudes talvez!

No meio do caminho vejo tão pouca idade, tanta estória, tanta confusão, tanta sensações, não quero que montem “conceito” nem que tenha “fundamento” mais quero algo que sei que mereço, sei que é mais que merecido.

Então venha e me conquiste cada vez mais e mais.

Mesmo com esse meu jeito que ponha desconfiança, tente, seja, arrisque.... para ter, para ser o DIFERENCIAL na vida de alguém.

E esse alguém no momento: SOU EU somente EU.