domingo, 25 de outubro de 2009

O amor...

Amar e saber ser amado é complicado,

É algo que se perde entre o certo e o errado,

No limite do poder e do fazer,

Disperso na razão do querer e do ser.

Em segundos, fomenta sentimentos diferentes,

Com variedades e intensidades,

Deslizando do frustrado ao afortunado,

Resvalando do aconchegado ao machucado.

Como pode ser algo tão inexplicável,

O que nos coloca em situações inusitadas,

Que às vezes é felicidade imensurável,

Em outras, revela angústias na face brotadas?

Quando se ama, a vida muda o panorama,

O coração suscitado em chamas

Que pelos poros transborda e derrama,

E o doce odor do amor se proclama.

Faca de dois gumes,

Inevitável queixume do ciúmes,

Orgulho que riscos assume,

Almejando do amor o cume.

Mas, como não se enamorar?

Como não querer ser amado ou amar?

Como não deixar o coração experimentar,

Aquilo que lhe é fecundo à lhe forjar?

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