segunda-feira, 29 de março de 2010

Nada mais é igual...

As águas que rolam não voltam.
Ondas que se formam, desmancham,
Nuvens carregadas no céu,
prenúncio de chuva a cair.
Nada mais é igual, coisas
que vão e que vem.
Tudo ganha um novo sentido,
apesar de ser igual.
A maré se forma alta, e
se transforma em maré baixa.
Beijando a areia branca,
desfazendo esboços ao relento.
Ondas que se agigantam, rolam,
rolam e se amansam na areia
escaldante da praia.
Brincam como velhas rendeiras
no tear a trabalhar.
Tudo vai e volta, mas nada
mais é igual.
Todos os dias, todos os segundos,
tudo começa e termina.
São coisas que se repetem,
e que jamais serão iguais.
Como as ondas que hoje vejo,
amanhã serão outras.
Bailando com vestes brancas
ao longo da praia e do mar.
Tudo passa e se transforma,
repete, e se evolui.
É como o instante que chega,
e num piscar de olhos se vai.
Outros instantes virão, mais
jamais serão iguais



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