O nome dela era Alice. Cabelos morenos, macios. Olhos castanhos, mel.
Não era muito estudiosa, mas vivia em seus livros os quais nunca foram pedidos como prova em época colegial. Amava escrever, mas não era de mostrar a seus familiares, acredito que nem um deles sonha que ela tenha essa “facilidade” ou algo assim. Era uma menina muito encantadora, por onde passava gargalhadas eram garantidas. Mas que todos não sabiam era o quanto estava longe de barulho e de multidão, vivia em uma briga constante, ela lutava repetidamente com suas aflições e seus medos, o maior dele até era a solidão.
Um dia percebeu o quanto isso a fazia mal, sentia-se fraca. E não gostou de perceber isso, então, decidiu enfrentar. Mas não pediu ajuda para ninguém, nem se quer manifestou-se, começou a silenciar sua mente, ler mais, voltar a escrever também. Todos estão de férias, maioria viajando ou até mesmo uns trabalhando. Mas tinha um ou outro que continuava em sua volta, os que decidiram em não fazer nada justo na época que todos saem de suas respectivas cidades.
Em vez de procurar festas, olhar cada um em sua agenda eletrônica e ligar para ver quem estava por ali sem fazer nada decidiu apagar alguns números.
Deixar muitas vezes, seu celular no silencioso para não perceber ele tocar.
Enquanto tentavam convida - lá para festa, agitos. Permaneceu em silêncio!
Mudança comportamental.
Todos não perceberam ou se perceberam não comentaram!
Mas ela agradece por ninguém ter comentado, pois sua mente já estava a gritar com tantas coisas acontecendo, todos pedindo seu conselho, mas ninguém chegou e perguntou primeiramente “como você está?” não com a real intenção de querer saber.
E se perguntassem ela como sempre iria dizer “estou bem, obrigada!”
Alice está feliz agora neste momento. Ela voltou a ler aquilo que gosta, está em seu mundo da escrita no seu “Jardim Secreto” nele sente-se segura, forte. Quando tem contato com o mundo externo não se deixa levar por outros, fez um campo de força para se proteger, se alguém lhe perguntar hoje “como você está?” irá responder “estou bem, obrigada!”, mas agora Alice sabe que está realmente bem.
E Alice tem a causadora de seus textos, a droga para sua imaginação, e sua "inspiradora" causa palavras complexas e, com isso vem à tona seus sentidos que ficam estremecidos. Essa causadora morrerá em segredo em seu “Jardim Secreto” e se perguntarem “quem é?”, Alice não responderá.
Alice gosta de silêncio. Ama músicas do estilo Cat Power ou Loreena McKennit.
O silêncio para muitos não significa nada além da solidão, mas para Alice significa muito além do que muitos acreditam ou que possam acreditar. Significa falar com seu EU interno. O seu EU que predomina sua vida, que é a sua essência.
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