O vinho não foi bento
A nave da capela ficou fria
O livro não foi lido
Cânticos de louvor ecoaram
sem sentido
O cálice suspenso
entre mãos tingiu
a bata branca onde
a cólera controla o
fogo sagrado na pira
funerária que consome
à fúria
Rosários desfiam
entre dedos feridos
Em clausura secam
corpos fecundos
em eterna prisão
Nos outeiros em gritos
vermelhos crescem flores
O missal comtempla as
bençãos solenes
Nos joelhos feridos
constante oração
Tortura no confissionário
onde ecoam gemidos
Pecadora confessa
espera punição
Ungiu de óleo seu
corpo em chamas
Adormeceu ébria
nos braços de Baco
Roga absolvição
Nenhum comentário:
Postar um comentário